ALTAR
VERSUS TRONO
Altar
Aqui no Brasil, temos
em todas as “Lojas Escocesas[1]”,
sejam de que graus forem, os três assentos onde os três Principais Oficiais tem
assento.
São os assentos do Venerável
Mestre e dos Vigilantes.
Há uma certa discrepância
em relação ao nome dado a esses três assentos (lugares); uns os denominam de trono; outros de altares.
Destarte, há
necessidade de verificarmos com quem está a razão. Os dicionários fazem a
distinção:
TRONO:
Sólio que os soberanos ocupam nas ocasiões solenes; poder soberano; autoridade.
Trono/Cadeira
ATLAR:
Espécie de mesa de pedra para holoscaustos nas religiões pagãs; mesa onde se
celebra a missa; culto; veneração.
É de se acrescentar
que, nos templos maçônicos, pelo menos escoceses[2], estãos
presentes, dois altares: o ARA, onde é aberto o Volume da Lei Sagrada. E o
Altar dos Perfumes, onde é oferecido o incenso.
Logo, não há forma de
confundirmos os dois vocábulos que são sinônimos.
Na Bíblia encontra-se
dezenas de referências aos altares e aos tronos, sendo que os primeiros se
referem aos sacrificios.
Das 75 referências
encontradas, transcrevemos a primeira e a íltima:
“Edificou Noé um Altar a Jeová; tomou de todo o animal limpo e de toda
ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o Altar.”
(Gênesis 8-20)
“Deu-me uma cana semelhante a uma vara e foi-me dito: levanta-te, e mede
o santuário de Deus e o Altar e os que nele adoram.”
(Apocalipse 11-1)
Quanto aos tronos,
temos oitenta referências:
“Disse o Faraó a José: Tu estarás sobre minha Casa e a tua voz obedecerá
todo o meu povo; somente no trono serei eu maior que tu.”
(Gênesis 41-40)
“Não haverá mais maldição. O Trono de Deus e do Cordeiro estará nela, e
os seus servos o servirão, e verão a sua face, e seu nome estará na testa deles.”
(Apocalipse 22-3)
Destarte, nos tronos “sentam” quem tem autoridade, pois nos
altares, ninguém senta.
O ato de sentar em um
trono é privativo aos que detém o mando; em nossos dias, a fora os países onde,
ainda existem reis ou rainhas e que todos, sem exceção, usam seus trono, nas
cerimônias ou mesmo nas audiências, temos nas outras situações, as “poltronas
de espaldar alto”, para destacar a personalidade, como é o caso das “Loja York” em que fica sempre uma
cadeira (poltrona) de espaldar alto de uso exclusivo para o Grão-Mestre e de
seu representante legal, pois na cadeira do centro só deve sentar quem irá
realmente dirigir os trabalhos.
Em audiência ou
presidindo a um tribunal, os Juízes ou Desembargadores ou Ministros, sentam na
cadeira central da mesa que é seu trono.
O trono não se resume
em uma poltrona (cadeira), mas é o conjunto onde se fixam o Venerável Mestre e
os Vigilantes e compreende a poltrona (cadeira) e a mesa, em geral em forma
triangular.
Todo trono apresenta
outra particularidade: a de que deve estar sobre um estrado.
O Venerável Mestre tem
um estrado com três degraus.
O 1º Vigilante tem um
estrado com dois degraus.
O 2º Vigilante tem um
estrado com um único degrau.
BIBLIOGRAFIA:
Cavalcante, Sergio –
Rito Escocês Antigo e Aceito – Rituais de 1804;
Da Caminno Rizzardo –
Vade-Mécum do Simbolismo Maçônico.
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