segunda-feira, 29 de outubro de 2012

REAA - ALTAR VERSUS TRONO



ALTAR VERSUS TRONO

 Altar

Aqui no Brasil, temos em todas as “Lojas Escocesas[1]”, sejam de que graus forem, os três assentos onde os três Principais Oficiais tem assento.
São os assentos do Venerável Mestre e dos Vigilantes.
Há uma certa discrepância em relação ao nome dado a esses três assentos (lugares); uns os denominam de trono; outros de altares.
Destarte, há necessidade de verificarmos com quem está a razão. Os dicionários fazem a distinção:
TRONO: Sólio que os soberanos ocupam nas ocasiões solenes; poder soberano; autoridade.

Trono/Cadeira


ATLAR: Espécie de mesa de pedra para holoscaustos nas religiões pagãs; mesa onde se celebra a missa; culto; veneração.
É de se acrescentar que, nos templos maçônicos, pelo menos escoceses[2], estãos presentes, dois altares: o ARA, onde é aberto o Volume da Lei Sagrada. E o Altar dos Perfumes, onde é oferecido o incenso.
Logo, não há forma de confundirmos os dois vocábulos que são sinônimos.
Na Bíblia encontra-se dezenas de referências aos altares e aos tronos, sendo que os primeiros se referem aos sacrificios.
Das 75 referências encontradas, transcrevemos a primeira e a íltima:
Edificou Noé um Altar a Jeová; tomou de todo o animal limpo e de toda ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o Altar.
(Gênesis 8-20)
Deu-me uma cana semelhante a uma vara e foi-me dito: levanta-te, e mede o santuário de Deus e o Altar e os que nele adoram.
(Apocalipse 11-1)
Quanto aos tronos, temos oitenta referências:
Disse o Faraó a José: Tu estarás sobre minha Casa e a tua voz obedecerá todo o meu povo; somente no trono serei eu maior que tu.
(Gênesis 41-40)
Não haverá mais maldição. O Trono de Deus e do Cordeiro estará nela, e os seus servos o servirão, e verão a sua face, e seu nome estará na testa deles.”
(Apocalipse 22-3)
Destarte, nos tronos “sentam” quem tem autoridade, pois nos altares, ninguém senta.
O ato de sentar em um trono é privativo aos que detém o mando; em nossos dias, a fora os países onde, ainda existem reis ou rainhas e que todos, sem exceção, usam seus trono, nas cerimônias ou mesmo nas audiências, temos nas outras situações, as “poltronas de espaldar alto”, para destacar a personalidade, como é o caso das “Loja York” em que fica sempre uma cadeira (poltrona) de espaldar alto de uso exclusivo para o Grão-Mestre e de seu representante legal, pois na cadeira do centro só deve sentar quem irá realmente dirigir os trabalhos.
Em audiência ou presidindo a um tribunal, os Juízes ou Desembargadores ou Ministros, sentam na cadeira central da mesa que é seu trono.
O trono não se resume em uma poltrona (cadeira), mas é o conjunto onde se fixam o Venerável Mestre e os Vigilantes e compreende a poltrona (cadeira) e a mesa, em geral em forma triangular.
Todo trono apresenta outra particularidade: a de que deve estar sobre um estrado.
O Venerável Mestre tem um estrado com três degraus.
O 1º Vigilante tem um estrado com dois degraus.
O 2º Vigilante tem um estrado com um único degrau.
BIBLIOGRAFIA:
Cavalcante, Sergio – Rito Escocês Antigo e Aceito – Rituais de 1804;
Da Caminno Rizzardo – Vade-Mécum do Simbolismo Maçônico.


[1] Relativas ao REAA.
[2] Isso vai depender do Ritual do REAA de cada Grande Corpo Simbólico (Potência Maçônica).

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